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É possível estudar para carreiras distintas?

Já há algum tempo está havendo uma oferta de concursos públicos bastante incomum, para cargos de todo nível de complexidade. Se a maré está boa, aproveita melhor o marujo mais experiente. Mas isso não significa que os novatos ou menos “herados” não tenham chance. Há bastante farofa, portanto façamos nosso pirão!

Trocadilhos à parte, vigora aqui o princípio da especialidade: quem se dedica há anos para uma área específica está tendo muitas oportunidades e, logo, chances. E quem está iniciando ou no meio-termo, por sua vez, está tendo uma curva de aprendizado maior e mais rápida, considerando que está aproveitando as oportunidades. 

Leia-se: mais tentativas, mais erros, aprendizado crescente. A cada concurso, um degrau; a cada reprovação, um aprendizado; a cada derrota, novo ajuste. Até acertar a bússola. 

O contrário da especialização é a generalização: como há muitos concursos abertos e em vias de, pode bater certa ansiedade e um sentimento de “aproveitar a chance” falar mais alto. Ainda mais quando a prova é no nosso Estado ou nossa cidade. 

Porém a complexidade e exigências para cada carreira são distintas. Obviamente podem haver pontos de contato, em alguns casos até muito, mas abrir muito as opções pode levar a uma falta de “expertise” em relação às disciplinas do concurso almejado, acarretando a frustração. E isso pode levar à “síndrome do impostor”. 

Penso que há carreiras símiles para as quais o estudo será bem compatível, como magistratura e ministério público. Porém mesmo nessas percebemos que o funil está estreitano, com a cobrança de disciplinas específicas, normas internas (ex: resoluções do CNJ ou do CNMP) e o malfadado exame nacional da magistratura. Não tarda, teremos o exame nacional do MP. 

Então devemos considerar as variáveis e adequarmos à nossa realidade bem como custo emocional envolvido. E aqui cada um sabe onde o calo aperta.